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Novo patógeno do abacateiro descoberto na Califórnia
20/05/2016
Neofusicoccum nonquaesitum é relatado pela primeira vez atacando o abacateiro

Embora no Brasil o abacateiro seja utilizado para a produção de sucos e sobremesas, em outros países ele é um ingrediente na preparação de saladas, sanduíches e pratos salgados, em geral. O consumo aumentou rapidamente nos últimos 15 anos, ultrapassando os 4,25 bilhões de frutos em 2015 ou 13,8 frutos por habitante.
Ainda que boa parte do abacate consumido seja importada, a produção local vem aumentando para atender um mercado que não para de crescer. O principal estado produtor é a Califórnia, que concentra 90% da área, seguido pela Flórida e pelo Havaí.
Talvez por esse motivo, produtores e pesquisadores da Califórnia estejam em permanente vigilância. Em 2014, foram encontradas duas árvores doentes em dois condados diferentes e com sintomatologia parecida: dieback e cancros. Os pesquisadores realizaram o isolamento do fungo presente nos cancros nas duas localidades e observaram, através de análises morfológicas e moleculares, que se tratava de Neofusicoccum nonquaesitum. Para comprovar que esse fungo era realmente o causador da sintomatologia observada, os pesquisadores realizaram testes de patogenicidade em casas de vegetação e, conforme esperado, os sintomas observados em campo foram reproduzidos.
Até onde se saiba, esta é a primeira vez que Neofusicoccum nonquaesitum é encontrado associado ao abacateiro. Ele já havia sido observado em amendoeira e sequoia na Califórnia há cerca de 15 anos. Mais recentemente, foi relatado em mirtilo no Chile. O ataque está associado à existência de aberturas naturais, a práticas culturas (como a poda) e a ferimentos causados por danos mecânicos às plantas. Portanto, a adoção de práticas adequadas e aquisição de mudas de boa procedência são medidas para prevenir a disseminação deste fungo.
O ataque está associado à existência de aberturas naturais, a práticas culturais (como a poda) e a ferimentos causados por danos mecânicos às plantas. Portanto, a adoção de práticas adequadas e aquisição de mudas de boa procedência são medidas para prevenir a disseminação deste fungo.
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