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Mata ou não mata? De que forma os fragmentos de mata nativa afetam a distribuição de inimigos naturais de pulgões?

08/04/2016

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DefesaVegetal.Net

Pesquisadores analisam a distribuição de pulgões, seus parasitoides e seus predadores em lavouras de trigo no Brasil

 

 

O Manejo Integrado de Pragas pressupõe um profundo conhecimento sobre a biologia e sobre a ecologia das pragas, o que inclui a compreensão de como elas se relacionam com seus inimigos naturais, tais como parasitoides, predadores, competidores e patógenos. Medidas que promovam o aumento das populações desses inimigos naturais devem ser estimuladas permanentemente.

 

Os pulgões, pequenos insetos sugadores, estão entre as principais pragas do trigo no Brasil. Eles formam grandes populações rapidamente sob situações favoráveis e retiram a seiva da planta. Além disso, podem ser vetores de agentes causadores de doenças na planta. Sitobion avenae é o pulgão mais comum no Brasil, mas outras espécies também podem ter importância, como Rhopalosiphum padi, Rhopalosiphum maidis e Schizaphis graminum.

 

Para entender como os inimigos naturais dessas espécies de pulgão podem ser favorecidos pela proximidade de áreas de mata nativa, pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina fizeram levantamentos em pontos localizados de 2 a 200 m a partir da borda da mata e em direção ao centro da lavoura.

 

Em cada ponto amostrado, as plantas foram cuidadosamente inspecionadas e os pulgões foram coletados e identificados, bem como seus inimigos naturais.  Foram utilizadas também armadilhas para capturar parasitoides.  A maior abundância de inimigos naturais nos pontos mais periféricos da lavoura seria um indicativo de que a área de mata estaria servindo como um local propício aos inimigos naturais.

 

Os pesquisadores analisaram mais de 30 mil insetos, entre pulgões, parasitoides e predadores. A distribuição dos pulgões na lavoura não foi influenciada pela distância da borda da mata. O mesmo aconteceu para as cinco espécies de parasitoides encontradas nas áreas estudadas. Essas observações sugerem que outros fatores estejam envolvidos na manutenção das populações desses inimigos naturais, tais como a existência de hospedeiros alternativos.

 

Os predadores mais comuns foram os sirfídeos, as joaninhas e os dolicopodídeos (moscas) e sua abundância diminuiu em direção ao interior da lavoura. Essa correlação foi influenciada principalmente pela influência sobre os indivíduos da família Dolichopodidae. Não se sabe a importância relativa desses predadores no controle de pulgões em trigo no Brasil. Estudos mais aprofundados colaborarão para definir as estratégias para sua preservação, as quais incluirão, certamente, a manutenção das áreas de refúgio de mata nativa.

 

 

Para saber mais:

Bortolotto et al. (2016)

 

Tags:

pulgões

predadores

parasitoides

inimigos naturais

Triticum aestivum

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