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Difusão de espécies exóticas de importância agrícola

07/07/2016

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Espécies exóticas invasoras são organismos que se encontram fora de sua área de distribuição natural e que de alguma forma ameaçam ecossistemas, habitats e/ou espécies. Geralmente possuem vantagens competitivas, como alta capacidade de reprodução, crescimento rápido, estratégias efetivas de dispersão (inclusive a longas distâncias) e capacidade para adaptação a diferentes condições ambientais. Favorecidas pela ausência de inimigos naturais, têm alta capacidade de proliferar e invadir ecossistemas naturais ou antropizados.

 

Existem espécies invasoras que são consideradas pragas da agricultura. O potencial de risco de introdução de espécies de pragas invasoras vai variar de acordo com o país que se trata, pois vai depender das condições para adaptação (clima, hospedeiros...), especificidades de commodities agrícolas e padrões de comércio. Na maioria dos casos, os maiores produtores agrícolas apresentam maior custo absoluto de invasão de novas pragas. 

 

Estudo feito por pesquisadores Australianos com base em dados do CAB analisou em nível mundial aproximadamente 1300 espécies invasoras de insetos-praga e apresentou o cálculo do potencial total destas espécies à 124 países do mundo. Identificou os países mais vulneráveis à invasão de espécies e os países que possuem maior ameaça para o resto do mundo, levando em consideração, também, as espécies que já estão presentes.

 

A aglutinação de pragas em determinada região demonstra a adequação das características bióticas e abióticas regionais para a manutenção de populações. Isso auxilia a gerar índices de estabelecimentos para todas as espécies em estudo para todos os países em que estão presentes simultaneamente. O estudo indicou que 40 dos 124 países avaliados têm probabilidade de serem invadidos. As espécies invasoras avaliadas são pragas globais que têm impactos econômicos significativos.

 

De acordo com a pesquisa, China e Estados Unidos são as maiores fontes potenciais de espécies invasoras para o resto do mundo. Esses países são caracterizados por grandes volumes de comércio de diversos produtos, possuem diversos agroecossistemas e hospedam um número significativo de pragas invasoras quando comparado com os outros países da análise. Outros países, como o Japão, Alemanha, França e República da Coreia, também são altamente classificados como potenciais países de origem.

 

Além disso, os países em desenvolvimento sofrem maior risco de introdução dessas espécies exóticas e são considerados baixas fontes potenciais de espécies invasoras. Geralmente por não terem diversos setores da economia e por serem mais dependentes da agricultura, consequentemente, podem sofrer um impacto relativamente maior com a entrada de espécies exóticas. Em destaque os países da África subsaariana.

 

Espécies exóticas invasoras quando se estabelecem comprometem as espécies nativas, pois competem por recursos alimentares e território. Inclusive, podem predar as espécies nativas, o que agrava o impacto ao ecossistema local. Podem causar declínios populacionais e até extinções.

 

A movimentação global das espécies-pragas pode acontecer de maneira natural, mas a atividade humana é a principal causa. Devemos estar atentos aos produtos importados/comercializados, ao turismo, fronteiras secas e “bioterrorismo”.

 

O artigo foi publicado na revista PNAS - Proceedings of the National Academy of Sciences, uma das principais revistas científicas do mundo.

 

 

Para saber mais:

Paini et al. (2016)

Peduzzi (2015)

Pragas sem fronteiras (2016)

Marcelo Lopes-da-Silva et al. (2014)

 

Foto:

W. Billen

 

Tags:

Espécies exóticas invasoras

ecossistemas

biodiversidade

adaptação

introdução de pragas

ameaças fitossanitárias

globalização

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