Primeiro relato de Meloidogyne ethiopica atacando feijão comum no Sul do Brasil
Meloidogyne ethiopica foi identificada parasitando Phaseolus vulgaris no Sul do Brasil

O Brasil é o maior produtor mundial de feijão (Phaseolus vulgaris). Além da sua relevância na alimentação brasileira, é um dos produtos agrícolas de maior importância econômica-social. A produção média anual chega a 3,5 milhões de toneladas.
Entre os fatores que reduzem a produtividade estão as doenças. Em 2014, plantas de feijão comum foram detectadas na cidade de Caiçara/RS apresentando sintomas de atrofia, amarelecimento das folhas e galhas causadas por nematoide de nó de raiz. Os pesquisadores responsáveis pelo estudo publicaram o artigo na revista Plant Disease em dezembro de 2016.
A identificação foi feita através de fenótipos de esterase, análises morfológicas de fêmeas por padrões perineais, medição morfológica dos juvenis de segundo estádio e amplificação de fragmento de rRNA, além de processar amostras das raízes e do solo para determinar a densidade populacional de ovos e formas juvenis dos nematoides.
Era nada mais, nada menos do que a espécie Meloidogyne ethiopica, uma praga polífaga que ataca culturas como como batata, fruteiras e soja.
Esse é o primeiro relato de M. ethiopica parasitando o feijão no Brasil. Essa informação é relevante para os produtores, pois esse nematoide pode causar danos severos em plantações de feijão e se tornar um problema adicional para essa cultura. Vale ficar atento e investir em um bom manejo fitossanitário:
Rotação com cultivos não hospedeiros;
Utilização de áreas sem histórico de infestação;
Evitar o trânsito de maquinário e veículos de áreas infestadas;
Evitar a entrada de pessoas na lavoura.
Além desses cuidados, o produtor deve ficar atento ao aparecimento de sintomas.
Para saber mais:
Foto:
Veja também:
MBA em Fitossanidade do IAC Online
- Matrículas abertas até dia 18 de dezembro de 2016
Tags: