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O poder das plantas aromáticas

30/01/2017

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Plantas aromáticas afetam a seleção por Bemisia tabaci de planta hospedeira

 

Uma das principais pragas agrícolas para o Brasil é a mosca-branca (Bemisia tabaci), devido ao fato de que pode ser vetora de mais de 100 espécies de vírus. Os mais importantes para agricultura, causando perdas de rendimentos em culturas de 20-100%, são Cotton leaf curl disease (CLCuV), African cassava mosaic virus (ACMV), Tomato yellow leaf curl virus (TYLCV), Tobacco leaf curl virus (TLCV), Sida golden mosaic virus (SiGMV), Squash leaf curl virus (SLCV), Cotton leaf crumple virus (CLCV), Bean golden mosaic virus (BGMV), entre outros). Vale lembrar que as infecções duplas também já foram relatadas. Além de transmitirem vírus, as moscas-brancas causam diminuição no vigor da planta devido à alimentação de adultos e ninfas e por secretarem substâncias açucaradas sobre as folhas e frutos, o que reduz a capacidade respiratória e fotossintética das plantas afetadas.

 

Desde sua introdução no Brasil, Bemisia tabaci se mostrou particularmente de difícil controle devido à resistência a muitos inseticidas, à baixa eficiência dos programas de controle biológico e à polifagia. Estudos recentes indicam que B. tabaci seleciona seu hospedeiro pela detecção visual e também através do olfato (por substâncias específicas voláteis de plantas) – sendo este fator o responsável pela seleção inicial.

 

Dessa forma, pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina investigaram os efeitos de plantas aromáticas (PA) sobre o comportamento e desenvolvimento de populações de Bemisia tabaci em campo (adultos) e em casa de vegetação (ninfas) em comparação com os voláteis de tomateiro (Solanum lycopersicum). As plantas aromáticas utilizadas no estudo foram: coentro (Co), arruda (R), calêndula (M), manjericão (B) e citronela (Ci).

 

Foram utilizados tomateiro e plantas aromáticas para comparar as respostas das moscas-brancas adultas em ar umidificado aos seguintes tratamentos: tomate (T), T + Co, T + R, T + M, T + B e T + Ci. As avaliações foram feitas através de ensaios laboratoriais utilizando um olfatômetro em tubo Y. Os tratamentos foram organizados em delineamento de blocos casualizados com cinco repetições.

 

Coentro, manjericão e citronela exibiram forte repelência, enquanto que a repelência de arruda e calêndula foi fraca e só foi observada quando testada contra voláteis de tomate.

 

A consorciação de plantas cultivadas preferenciais com plantas não-preferenciais afeta a capacidade da praga em discriminar uma da outra e reduziu as infestações da praga em tomate. Isso sugere que as plantas aromáticas possam ser uma ferramenta capaz de diminuir os danos causados por B. tabaci às plantas cultivadas preferenciais, dentro de um contexto de manejo fitossanitário.

 

 

Para saber mais:

Carvalho et al. (2017)

 

Foto:

Scott Bauer (2003)

 

Tags:

Bemisia tabaci

plantas aromáticas

repelência

manejo

Solanum lycopersicum

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