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07/02/2017
Análise da sobrevivência da bactéria causadora da podridão negra em plantas daninhas

Quando olhamos para as folhas e raízes de uma planta, não conseguimos ver, mas bem ali estão acontecendo várias interações entre células, microrganismos e o ambiente. Os microambientes das raízes e das folhas são chamados rizosfera e filosfera, respectivamente, e podem abrigar espécies benéficas ao desenvolvimento da planta até mesmo ameaças para as lavouras, como a bactéria Xanthomonas campestris pv. campestris, causadora da podridão negra em cultivos de plantas da família Brassicaceae, como couve, couve-flor e brócolis, por exemplo.
Pensando nisso, pesquisadores testaram a sobrevivência desta bactéria na rizosfera e na filosfera de 26 espécies de plantas daninhas, observando por métodos de isolamento, se a bactéria ainda permanecia na planta após alguns dias da inoculação.
Os resultados demonstraram que a bactéria causadora da podridão-negra tem o maior potencial de sobrevivência nas plantas Lepidium virginicum e Raphanus raphanistrum, onde foi isolada na filosfera 56 e 70 dias, respectivamente. As condições favoráveis se intensificaram devido às condições de temperatura, umidade e chuvas. Analisando as raízes, verificou-se que apenas em R. raphanistrum a bactéria sobreviveu por 28 dias após a inoculação, aparentemente sem relação com os fatores climáticos.
O estudo de sobrevivência de espécies é importante pois, devido à presença da bactéria nas plantas daninhas, estas podem funcionar como repositório para podridão negra fazendo com que a doença volte ao campo, ameaçando todo o cultivo. Desta forma, o estudo evidenciou que o controle das plantas daninhas contribui para controlar a podridão negra em Brassicaceae.
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