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Expansão geográfica de praga quarentenária ausente

25/06/2019

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A espécie Orobanche cumana foi detectada em Portugal

 

Orobanche é um gênero botânico de plantas holoparasitas, ou seja, não realizam fotossíntese e por isso necessitam retirar os nutrientes (seiva elaborada) de outra planta, sendo um parasita obrigatório. Esse gênero é categorizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento como praga quarentenária ausente para o Brasil [1].

 

Das mais de 200 espécies de Orobanche, algumas são parasitas de plantas cultivadas, como tomate, tabaco, berinjela, batata, repolho, malagueta, girassol, aipo, feijão, entre outras. Algumas são adaptadas a uma única planta hospedeira, enquanto outras parasitam uma ampla variedade de espécies pertencentes a gêneros não necessariamente relacionados.

 

Um estudo feito por pesquisadores espanhóis relatou pela primeira vez a presença de Orobanche cumana em um plantio de girassol (Helianthus annuus) localizado na região do Alentejo (Portugal). Através da realização de análises moleculares foi possível identificar a espécie.

 

Sintomas como a redução do crescimento da cultura e emergência de rebentos não ramificados típicos da presença da planta parasita foram observados em campo. A incidência foi estimada em 60% e as plantas infectadas tiveram uma média de 14 brotos de O. cumana por planta. 

 

O. cumana é um parasita específico de girassol. As características que a torna uma praga tão invasiva são: sementes pequenas e facilmente transportadas de um local para outro, capacidade reprodutiva de 100.000 a 1 milhão de sementes por planta, viabilidade das sementes no solo por mais de 10 anos e ciclo de desenvolvimento curto. Como método de controle há a solarização do solo, controle biológico, uso de herbicidas, mas o mais eficiente é através da utilização de plantas geneticamente modificadas que conferem resistência à praga. No entanto, há um agravante pelo surgimento constante de novas raças, o que ocasiona na superação dos mecanismos de resistência das plantas. Além de Portugal, a praga já está relatada em plantações de girassóis na Espanha, Turquia, Israel, Rússia, Ucrânia, Irã, Cazaquistão, China, França e Tunísia.

 

O. cumana é uma ameaça substancial na Europa e pode vir a se tornar um problema para o Brasil também. Em território nacional, os Estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul são os mais representativos quanto ao cultivo de girassol. A destinação principal do girassol é voltada para a indústria de óleo comestível ou da agroindústria, alimentação animal, silagem e produção de biodiesel. Nos últimos anos, também tem sido usado como opção de rotação e sucessão de culturas nas regiões produtoras de grãos por ter maior tolerância à seca e pela ciclagem de nutrientes do solo (principalmente potássio). 

 

 

Nota:

[1] Instrução Normativa Nº 39/2018

 

Para saber mais:

González-Cantón et al. (2019)

 

Foto: 

Euralis Semences (xxxx)

 

Tags:

Orobanche

Orobanche cumana

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Helianthus annuus

praga quarentenária

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