Nova praga do mogno africano no Brasil
Primeiro relato de P. nigra em mogno africano no Brasil

Parasaissetia nigra é uma espécie de inseto da família Coccidae de origem africana, mas atualmente já se encontra distribuída mundialmente, principalmente em regiões tropicais e subtropicais. É polífaga, alimenta-se de plantas hospedeiras de aproximadamente 80 famílias, e pode completar até 6 gerações por ano. Cada fêmea produz cerca de 1000 ovos, reproduzindo-se por partenogênese.
Além dos danos diretos que causa nas plantas infectadas, produz secreção açucarada (mela) que pode ser colonizada por fungos e formigas - vivem em simbiose com a cochonilha, resultando em uma massa negra espessa que cobre as folhas e frutos, conhecida como fumagina. Essa fumagina impede que a planta faça fotossíntese adequadamente, diminuindo o vigor da planta, acarretando em perdas na produção e no valor comercial dos frutos.
Plantas de mogno (Khaya ivorensis) localizadas no Estado do Mato Grosso foram identificadas apresentando sintomas de infecção em folhas e ramos, ocasionando em lesões e a morte do meristema apical e enrolamento foliar. As análises laboratoriais comprovaram se tratar de P. nigra, sendo o primeiro relato da ocorrência dessa espécie em mogno africano no Brasil.
A incidência de P. nigra além de inutilizar a parte comercial de K. ivorensis, faz com que sirva de repositório da praga e facilita sua disseminação para outras culturas de importância agronômica, incluindo abacate, cítricos, café, algodão, goiaba, manga, mamão, romã, lichia, abacaxi e entre outras. Sendo um agravante ainda não existir produtos registrados para controle de P. nigra no Brasil [1].
Nota:
[1] Agrofit
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